Raça; Grupo Étnico
Racial (Etnicoracial); Preconceito; Estereótipo; Discriminação; Identidade.
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1 - Conceito de “Raça”
Conceito de Raça
Raça como conceito
biológico se refere a um numero de pessoas que possuem características herdadas
comuns [em comum] (CHINOY)
O termo “raça”
refere-se aos atributos dados [atributos transmitidos geneticamente] a um
determinado grupo (MUNANGA)
Raça [...] são
agrupamentos naturais de homens, que apresentam um conjunto de caracteres
físicos hereditários comuns, quaisquer que sejam suas línguas, costumes e
nacionalidade (VALLOIS apud MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.83
1.1 - questionamentos da validade do conceito de
“Raça”;
PERGUNTAS SEMELHANTES
1.2 -
validade biológica do conceito de raça
(usos)
Atualmente o conceito biológico de raça é muito questionado
Para Chinoy
1 – Os traços biológicos empregados na identificação das
raças variam amplamente, não só dentro dos grupos, como também entre eles
2 – Em cada traço empregado para a classificação racial as
medias diferem, mas os extremos se sobrepõem
3 – Os traços utilizados para a classificação de uma raça nem
sempre abrangem a maioria das pessoas incluídas como sendo da referida
raça. Exemplo – Em um estudo realizado
na Suécia apenas 11% estavam de acordo com o tipo nórdico “puro”, alto, de
olhos azuis, loiros, de cabeça alongada, embora os suecos sejam considerados
uma das mais nórdicas entre as populações européias.
4 – A história humana está cheia de misturas raciais e as atuais
categorias raciais incluem muitos indivíduos não racialmente “puros” 101
Outros questionamentos
mais atuais a raça como conceito biológico
Analises genéticas mostraram a existência de pessoas com
determinadas características físicas (raças) mas, com carga genética de pessoas
de outras raças. Exemplo – existência de
alguns negros brasileiros com a maior parte de genes europeus. E de brancos
brasileiros com a maior parte dos genes
provenientes de povos africanos.
[vide textos
Texto QUAL “RETRATO
DO BRASIL”? RAÇA, BIOLOGIA, IDENTIDADES E POLÍTICA NA ERA DA GENÔMICA.
De acordo com esse texto
Segundo Alves-Silva et alii, “a amostra total evidenciou 33%
de contribuição ameríndia e 28% de contribuição africana no conjunto total do
DNA mitocondrial” (2000:454), ou seja, “uma surpreendentemente elevada
contribuição matrilinear de origem ameríndia e africana” nos homens brancos
brasileiros estudados (2000:458). P. 75
Texto DNA de negros e
pardos do Brasil é muito europeu
No Brasil, faz cada vez menos sentido considerar que brancos
têm origem europeia e negros são "africanos". Segundo um novo estudo,
mesmo quem se diz "preto" ou "pardo" nos censos nacionais
traz forte contribuição da Europa em seu DNA.
De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é
inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos
generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só
ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.
Segundo os pesquisadores, a combinação entre imigração
europeia desde o século 16 e casamento de homens brancos com mulheres índias e
negras gerou uma população na qual a aparência física tem pouco a ver com os
ancestrais da pessoa.
Isso porque os genes da cor da pele e dos cabelos, por
exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética, embora seu efeito
seja muito visível.
Entretanto apesar de que a raça não existir biologicamente,
ela continua valendo para analise de relações sociais.
Para Chinoy a cor da pele ou traços culturais distintos
situam frequentemente os homens em sua sociedade e constituem elementos para
diferenças no tratamento, ou discriminações
(301)
Os traços raciais, (isto é atributos físicos herdados, comuns
a um grupo de pessoas) entram na vida social na medida em que os seres humanos
desenvolvem sentimentos e os julgam, ou constroem teorias acerca da cultura e
da sociedade em que desempenham papel. 304
A aparência física, portanto, torna-se elemento cuja
significação sociológica [antropológica] depende dos sentimentos e valores que
lhe são atribuídos
A analise sociológica [antropológica] de ideias raciais
difere da analise biológica das características raciais.
Os sociólogos [antropólogos] interessam-se pelas opiniões e
atitudes das pessoas em relação à raça e a grupos raciais [e étnicos]
específicos e pela maneira por que elas influem no comportamento e na estrutura
social.
1.3 - validade social do conceito de raça
(usos)
USO DA DIVISÃO DOS SERES HUMANOS EM RAÇAS PARA EXPLICAR AS
VARIAÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS DOS SERES
HUMANOS [AGRUPAMENTOS HUMANOS]
A interpretação racial da variação social e cultural assevera
que as características biológicas explicam o nível e a natureza de uma cultura
particular, a forma de governo ou a frequência de vários padrões de
comportamento. (CHINOY, p.100)
De acordo com tais teorias, a civilização europeia era
superior à do resto do mundo por causada superioridade inata do homem branco
Para Eli Chinoy a tentativa de ligar as diferenças biológicas
à variações sociais e culturais ocorreu no século XIX, através das obras do
conde Arthur de Gobineau, aristocrata francês e seu adepto Houston Stewart
Chamberlain. (p. 100).
Entretanto mesmo na antiguidade era utilizada a explicação
racial para explicar as diferenças [desigualdades] entre seres humanos.
A ideia de que as diferenças culturais e sociais derivam de
diferenças biológicas ou são por elas determinadas possui uma longa
história.
Aristóteles via as diferenças entre governantes e governados
[povos dominadores e povos dominados], entre gregos, asiáticos e europeus do
norte, como inerentes e naturais
(CHINOY, p. 99 – 100)
“Pois alguns homens são por natureza formados para viverem
sob o governo de um amo; outros, de um rei; outros para serem cidadãos de um
Estado livre, justo e útil”(CHINOY, p.99)
CRITICA AO
USO DE RAÇA PARA EXPLICAR AS DIFERENÇAS SOCIAIS E CULTURAIS ENTRE SERES HUMANOS
Parte de
dois pontos:
-
questionando a validade do conceito biológico de raça
Respondida anteriormente
-
questionando do Determinismo Racial
Conceito de
Determinismo Racial
Teoria que
atribui capacidades especificas inatas a “raças” ou a outros grupos humanos.
Teoria que afirma que a “raça” [gens de um agrupamento de
seres humanos] determina [define] a cultura
[forma de viver], o desenvolvimento socioeconômico e cientifico de um
povo ou nação.
Exemplos 17
Nórdicos mais inteligentes do que os
negros
Judeus avarentos e negociantes
Alemães mais habilidades para a
mecânica
Japoneses trabalhadores, traiçoeiros
e cruéis
Brasileiros – herdaram a preguiça dos negros, a imprevidência
dos índios e a luxúria dos portugueses.
Analise e
critica
Os
antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não
são determinantes das diferenças culturais.
Qualquer criança humana normal pode ser
educada em qualquer cultura, se for colocada desde o inicio em situação
conveniente de aprendizado. 17
Especialistas
reunidos em Paris em 1950 sob os auspícios da UNESCO declararam que:
1 - Os dados
científicos não confirmam a teoria segundo a qual as diferenças genéticas
hereditárias constituiriam um fator de importância primordial entre as causas
das diferenças culturais e as obras de diversos povos ou grupos étnicos.
2 – Estas
diferenças [acima mencionadas] se explicam antes de tudo pela história cultural
de cada grupo.
3 – os
fatores que tiveram papel preponderante na evolução dos seres humanos são a sua
faculdade de aprender e a sua plasticidade.
Esta dupla aptidão é o apanágio de todos os seres humanos. 18
No estagio
atual de nossos conhecimentos, não foi ainda provada a validade da tese segundo
a qual os grupos humanos diferem dos outros pelos traços psicologicamente
inatos, quer se trate de inteligência ou temperamento.
A pesquisa
cientifica revelam que o nível das aptidões mentais é quase o mesmo em todos os
seres humanos 18 – 19
LARAIA,
Roque de Barros. Cultura: Um conceito Antropológico. 9. ed. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editor, 1993.p. 10 – 24.
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Provas contra o determinismo
racial
Os dados antropológicos, sociológicos e históricos
proporcionam um testemunho esmagador de que se encontram culturas semelhantes
entre pessoas com características físicas muito diferentes entre pessoas com
características físicas muito diferentes, e que a cultura e a organização
social podem mudar rapidamente, sem qualquer mudança correspondente de
identidade racial. 102
Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as
diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.
Qualquer criança
humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o
inicio em situação conveniente de aprendizado. 17
Diversos países tiveram grandes mudanças culturais [avanços
ou retrocessos] sem que houvesse mudança racial de sua população
Exemplos
Portugal, Espanha -> deixaram de ser potencias militares e
econômicas
China, Japão -> no inicio do século XX eram considerados
atrasados e tornaram potencias econômicas e , no caso da China, potencia
militar.
CONCLUSÃO
Qualquer que
seja a conclusão a que os médicos e biólogos cheguem, as raças vão continuar
existindo para quem estuda as ciências humanas.
Os
brasileiros acreditam em raças e agem de acordo com elas. Então elas existem,
afirma o sociólogo Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, da USP.
Elas são uma categoria de exclusão e dominação que traz
problemas na realidade. Mesmo que não existam biologicamente, elas criam
vítimas, diz o antropólogo Kabengele Munanga, também da USP. Ou seja, ao menos
na cabeça das pessoas, as raças são bem reais.
-1.4 “Raças Humanas” exemplos de classificações
(com “raças” principais)
Um fato
amplamente aceito é que todos os seres humanos pertencem ao mesmo gênero ,Homo,
e a mesma espécie , sapiens.
Existem
varias tentativas de classificarem os seres humanos em raças. (MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.81)
Linneu, naturalista
sueco, em 1758, classificou os seres humanos em quatro grupos.
- o homem europeu
- o homem americano
- o homem asiático
- o homem africano
Esta
classificação levou em conta aspectos físicos e sociais
Em algumas
classificações os seres humanos são divididos em stocks ou subespécies.
(MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.83)
Os
antropólogos aceitam [existem questionamentos] a classificação das raças
principais em: (MARCONI;PRESOTTO,
1989, p.83)
- caucasóide (branca)
- mongolóide (asiática)
- negróide ( africana)
As
divergências surgem quando se referem às raças secundárias ou sub-raças.
Classificação racial contendo “raças” principais e
secundárias.
Existem diversas
outras classificações das “raças humanas” (Raças
Humanas In Wikipédia. Acesso em nov. 2011)
A titulo de
exemplo: apresentamos a
de N. Tcheboquessarov ,
que é mais detalhada do que a elaborada por Lineu e envolve aspectos físicos e
geográficos para classificar os seres humanos
Os grupos
humanos possuem uma classificação proposta por N. Tcheboquessarov como:
• afro-aceânica ou negróide;
negróide ou africano.
raça austrolóide, também
chamada oceânica
•
euro-asiática
ou europóide;
meridional ou indo-mediterrânea
setentrional ou atlanto-báltica.
Os que
representam a raça meridional ou indo-mediterrâneo são: indus, tadjiques,
armênios, gregos, árabes, italianos e espanhóis,
A raça
setentrional ou atlanto-báltico são representadas pelos russos, bielo-russos,
poloneses, noruegueses, alemães, ingleses e povos que vivem mais para o norte
asiático-americana
ou mongolóde.
• setentrional ou asiático-continental = também chamados de
centro-asiáticos, são conhecidos os buriatos e os mongóis. São típicos por
terem a cor da pele, cabelos e dos olhos mais clara, os cabelos menos duros,
lábios delgados e rosto grande e chato.
• meridional
ou asiático-pacífico = são seus representantes os malaios, javaneses e
habitantes das Ilhas de Sonda. Suas características são: pele bronzeada, rosto
estreito e baixo, lábios grossos, nariz largo, cabelo às vezes, ondulado,
estatura inferior à dos setentrionais e menor do que a dos chineses.
• americano
(índios) = suas características são: cabelo reto e rígido e de cor negra ;
sistema piloso corporal pouco desenvolvido, pele com coloração amarelo-parda,
olhos castanho-escuro e rosto largo.
1.5
- Classificação de “raças” utilizadas na sociedade brasileira
Raça
- negra
- branca
- amarela
-
indígenas
- asiáticos
Padrão de classificação do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), que divide a população do País em cinco grupos: pretos,
pardos, brancos, amarelos e indígenas
(baseado na cor pretos, pardos, brancos e amarelos e ; na origem indígenas
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1.6-
Conceito de Grupo Étnico (étnico/racial, Étnicoracial)
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Levi-Strauss afirma que se os grupos humanos se distinguem, e
para tanto que precisem ser distinguidos, é unicamente em termos culturais. De
fato, é unicamente pela cultura que os grupos humanos ou sociedades se dividem
e se diferenciam; e não segundo a natureza que seria a biologia.
Os etnólogos estimam que, postas de lado as supostas
diferenças genéticas e fenotípicas, as populações humanas são principalmente
diferenciadas pelos seus usos e costumes, que são transmitidos de geração em
geração. A espécie humana se caracteriza então por uma forte dimensão cultural.
É por isso que o
conceito de etnia é hoje em dia preferido ao conceito de raça em etnologia
[Antropologia e outras ciências humanas]. As diferenças culturais permitem
definir um grande número de etnias.
FONTE
Wikipedia.
Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7as_humanas >.Acesso
em: 12 maio 2011.
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Anotações Livro Teorias da
Etnicidade, Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart
ETNIA
Etnia, numa
concepção próxima à noção de tribo foi utilizada para se referir às “sociedades
primitivas” .
Referia-se a
um grupo com mesma língua, um espaço, costumes, um nome, uma mesma descendência
e a consciência de pertencer a um mesmo grupo.
p.56
Dicionário de Relações Étnicas e Raciais Ellis Cashmore
“[...] descreve um grupo possuidor de algum grau de coerência
e solidariedade, composto por pessoas conscientes, ao menos em forma latente,
de terem origens e interesses comuns” (CASHMORE, 2000,p.196)
De acordo com Weber Grupos étnicos são grupos que
alimentam uma crença subjetiva em uma comunidade de origem fundada nas
semelhanças de aparência externa ou dos costumes, ou dos dois, ou nas
lembranças da colonização ou da migração, nutrem uma crença subjetiva na procedência
comum de tal modo que ela se torna importante para propagação de relações comunitárias pouco importando que uma comunidade de sangue
exista ou não objetivamente (2000,p.270).
Raça X Grupo étnico
(etnia)
Existe uma relação entre um grupo considerado “raça” distinta
pela população dominante e o grupo que se considera um povo unificado, que
compartilha uma experiência comum.
O termo “raça” refere-se aos atributos dados [atributos
transmitidos geneticamente] a um determinado grupo
O termo “grupo étnico” refere-se à uma resposta criativa de
um povo que, de alguma maneira, se sente marginalizado pela sociedade
Conceito simplificado
de Grupo Étnico
Conjunto de pessoas que se consideram formando um grupo pelo
fato de ter uma mesma origem (real ou presumida). Além disto os membros do
grupo podem ter as mesmas
características físicas, cultura ou elementos culturais, e interesses em comum.
Para um agrupamento
humano ou um povo se colocar como um grupo étnico é necessário:
-
sentimento de pertencimento ao grupo
étnico [pertença]
-ter uma origem em comum [local de nascimento, local de onde
vieram]
- itens opcionais, mas que pode reforçar
a unidade do grupo
-
mesmas características físicas
-
mesma cultura (religião, língua, formas de se vestir etc.)
1.7- o que caracteriza um grupo
étnicoracial?
O que caracteriza um grupo étnico é o sentimento de seus
membros de pertencerem a um mesmo grupo, ou seja, assumirem uma identidade
étnica. (sentimento de pertença).
Autodefinição
Consiste na aceitação da pessoa de que faz parte de um grupo
social (no nosso caso um grupo étnico)
Utilizarem algum traço cultural para afirmar a sua diferença
perante os que não são do grupo. (sinais
diacríticos)
2 - Conceito amplo de
- Racismo
Racializar – é buscar a explicação de um tipo de
comportamento, nível econômico e cultural de determinados grupos humanos
utilizando explicações baseadas na “raça”
Exemplo
Europeu
(branco) trabalhador, inteligente
Negros – pouco voltado para a ciência,
filosofia etc. Mais adequado para trabalhos com o uso da força. “Bom de cama”
Judeu - avarento, voltado para o comercio
RACISMO – Dicionário Aurélio p.
1.696
- Qualquer teoria ou doutrina que considere que as
características culturais humanas são
determinadas hereditariamente, presupondo a existência de algum tipo de
correlação entre as características
ditas “raciais” (isto é , físicas e morfológicas) e aquelas culturais
(inclusive atributos mentais, morais etc.)
dos indivíduos, grupos sociais, populações.
- Qualquer doutrina que sustenta a superioridade biológica,
cultural, e/ou moral de determinada
população, povo ou grupo social considerado como raça.
- Atitude preconceituosa ou discriminatória em relação a
indivíduo(os) considerado(os) de outra
raça.
Dados do livro “Superando o racismo na escola” de Kabengele
Munanga
Racismo
“[...] a teoria ou idéia que existe uma relação de causa e
efeito entre as características físicas herdadas por uma pessoa e certos traços
de sua personalidade, inteligência ou cultura. E, somados a isso, a noção de
que certas raças são naturalmente inferiores ou superiores a outras” (BEATO
apud SANT’ANA, In: MUNANGA, 2001, p.53)
“Racismo é a suposição de que há raças e, em seguida, a
caracterização bio-genética de fenômenos puramente sociais e culturais. É
também uma modalidade de dominação ou, antes, uma maneira de justificar a
dominação de um grupo sobre outro, inspiradas nas diferenças fenotípicas de
nossa espécie” (SANTOS apud SANT’ANA, In: MUNANGA, 2001, p.53)
- Preconceito
PRECONCEITO – Dicionário
Aurélio p. 1.625
- Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior
ponderação ou conhecimento dos fatos
- Ideia preconcebida
- Julgamento ou opinião formada sem levar em conta o fato de que os conteste
- suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras
raças, credos, religiões etc. [orientação sexual, diversidade cultural]
Ele pode ser definido, também, como uma indisposição, um julgamento prévio, negativo, que se faz de
pessoas estigmatizadas por estereótipos” (SANT’ANA, In: MUNANGA, 2001, p.54)
“Preconceito é uma
opinião preestabelecida, que é imposta pelo meio, época e educação. Ele regula as relações de uma pessoa com a
sociedade. Ao regular ele permeia toda a
sociedade, tornando-a uma espécie de regulador de todas as relações
humanas.
Preconceitos clássicos
“Toda a sogra é chata”
“Todos os homens são fortes”
“Toda a mulher é frágil”
“Todos os políticos são corruptos”
“Toda a criança negra vai mal na escola”
“O negro é burro”
“Mulher bonita é burra”
Com base em estereótipos, as pessoas julgam as outras. Por isso o preconceito é um fenômeno
psicológico
[Colocar a posição de Munanga sobre a relativização da
ligação entre ignorância (desconhecimento)
e o preconceito]
- Discriminação
Discriminar – no
Dicionário
Diferenciar, discernir,
Estabelecer diferença, distinguir
- Discriminação – é
ação, e pratica de negar direitos.
Discriminação de modo
mais amplo significa
qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferências baseadas em raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica, gênero, religião, cultura,
orientação sexual, que tenha como objeto ou efeito anular ou restringir o reconhecimento,
o gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e
liberdades fundamentais no domínio político, social ou cultural, ou em qualquer
domínio da vida publica.
É a negação aos membros de certos grupos [baseado em alguma
diferença] um acesso igualitário aos recursos escassos e valiosos [habitação,
educação, justiça, participação política, (participação e acesso aos meios de
comunicação de massa, segurança publica e outros serviços fornecidos pelo
Governo).
[Relacionar
o papel das Politicas Públicas para acabar ou diminuir com as discriminações e
consequentemente acabar ou diminuir as desigualdades sociais baseada em alguma
diferença]
[Caso possa
discutir diferença X diversidade]
- Identidade Social
É a imagem e/ou conjunto de atributos que uma pessoa ou
conjunto de pessoas é vista em uma sociedade e/ou têm de si própria.
Identidade Social é definida como “[...] um conjunto de
traços: étnicos, lingüísticos, geográficos, históricos, socio-culturais, intelectuais,
míticos e religiosos, que podem ser utilizados por um grupo social para
identificar-se ou ser por outros identificados.).
É vista como o sentido de
imagem de si, por si e para os outros, isto é, a imagem que a pessoa [ou
grupo social] constrói e apresenta aos outros e a si própria [.] por acreditar
na sua representação, mas também para ser percebida [o] pelos outros. (POLLAK,
1992, p.24 ).
- Minoria
No Dicionario Aurelio p.1.341
- Inferioridade
numérica
- Em Antropologia – subgrupo, que dentro de uma
sociedade, considera-se ou é considerado
diferente do grupo maior ou dominante, em razão de caracteristicas
étnicas, religiosas ou de língua,
costumes , nacionalidade, etc., e que em razão dessas diferenças não participa
integralmente, em igualdade da vida social.
- Maioria
No Dicionário Aurélio p. 1.256
- maior numero, maior parte
- superioridade numérica
- Desigualdades [SOCIAIS]
Desigual – Dicionário
Aurélio p.654
- não igual, diferente, diverso
-em que não há equilíbrio de forças, desproporcional
- parcial, injusto
Desigualdade Social [...] é todo aquele processo e situação de
diferenciação social e/ou econômica. Em termos sociológicos, diz-se que a
desigualdade é social na medida em que essa diferenciação é produto da interação
entre sujeitos sociais; nesse sentido, tanto o acesso diferenciado às
oportunidades como à riqueza econômica se realiza dentro de um sistema de
relações de sentido e poder que geram distinção, estigma, vulnerabilidade,
exclusão, tanto no nível individual como no nível coletivo, inclusive, tal
diferenciação pode dar-se entre regiões.
O conceito de
desigualdade social
é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde
desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade,
de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais
conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela
distribuição desigual de renda.
Brasil Escola. Disponivel em: <http://www.brasilescola.com/sociologia/classes-sociais.htm
>. Acesso em: 23 abr. 2014
Desigualdade Social – é o não acesso de um grupo social ao
reconhecimento, o gozo ou exercício, em condições de igualdade com os outros
grupos sociais, aos direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio
político, social, econômico ou cultural, ou em qualquer domínio da vida publica
3 – Conceito de
-
preconceito racial
- Discriminação Racial
Respondida anteriormente
Discriminação Racial
Discriminação racial
“[...] significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferências
baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica, que tenha
como objeto ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, o gozo ou
exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e liberdades
fundamentais no domínio político, social ou cultural, ou em qualquer domínio da
vida publica” (ONU apud SANT’ANA, In: MUNANGA, 2001, p.56)
Para Ellis Cashmore (
p. 171 – 172)
A Discriminação Racial
é a expressão ativa ou comportamental do racismo e visa negar aos
membros de certos grupos um acesso igualitário aos recursos escassos e valiosos
[habitação, educação, justiça, participação política, (participação e acesso
aos meios de comunicação de massa, segurança publica e outros serviços
fornecidos pelo Governo).
- Identidade étnicoracial
[Identidade Étnica]
Identidade Étnica é a imagem ou conjunto de atributos
[caracteristicas) através do qual uma pessoa, um grupo social ou povo é visto
em uma sociedade ou se vê.
De modo geral é a forma que se diferencia em relações à
outras pessoas, grupos sociais ou povos.(constratividade).
- minoria e maioria racial
- desigualdades etnicoraciais.
É a desigualdade social onde pessoas ou grupos sociais tem
acesso menor aos serviços públicos, renda, educação, saúde e condições de vida
e trabalho por pertencerem a grupo étnicos/raciais considerados inferiores em
uma sociedade.
4 – Breve histórico do
racismo no passado e do racismo moderno
5 – Uso da religião
para a defesa do racismo [e da escravidão negra]
6 – Uso da Geografia e
do Clima para justificar as desigualdade entre seres humanos [Determinismo
geográfico, Determinismo climático]
Determinismo ambiental – Antrop hipótese ou teoria segundo a
qual as condições ambientais são os fatores determinantes das variações nas
formas de organização social e nas configurações culturais (671)
7 – Uso do conceito de
raça para justificar (explicar) as desigualdades entre seres humanos [Determinismo
Racial}
Sugestão de
Bibliografia
SANT’ANA, Antônio Olimpio . História e Conceitos Básicos
sobre Racismo e seus Derivados. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o
Racismo na Escola. Brasilia: Ministério da Educação, 2001. p. 31 – 60.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura:
Um Conceito Antropológico. 9. ed. Rio de Janeiro, 1993. (capitulo sobre Determinismos)
CHINOY, Ely. Sociedade: Uma Introdução á
Sociologia. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1973. p.96 – 110.
MARCONI, Marina de Andrade; PRESSOTO, Zélia
Maria Neves.Origens da Humanidade. In:------. Antropologia: Uma Introdução. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2007. p.69 – 75.