quarta-feira, 21 de maio de 2014

Anotações sobre a ideia de progresso, resumo do texto As Vicissitudes da ideia de progresso de SZTOMPKA, Piotr SZTOMPKA

PROGRESSO
Para o senso comum a ideia de progresso parece ser evidente por si mesma .  È uma das noções que normalmente assumimos como verdadeira devido ao uso generalizado e à conotação aparentemente clara.  Mas na verdade ela vem evoluindo  no decorrer dos séculos e adquirindo lentamente seu complexo significado contemporâneo [...] (p. 57)

A ideia de progresso alivia a tensão existencial [causada pela continua tensão entre o somos e o que gostaríamos de ser, entre o que temos e o que gostaríamos de ter]  p.57

Raízes da ideia de progresso                     p.58
                               - na Grécia antiga
                               - na tradição religiosa judaica
                               - na cultura ocidental
                               - no período medieval
                               - na época das descobertas geográficas                               p59

Na época das descobertas geográficas
Para a diversidade de estruturas sociais  tendo como base a unidade da espécie humana e de sua progressão necessária é interpretada como sendo devida aos diferentes estágios de desenvolvimento, ou progresso atingido pelas diferentes sociedades                        p.59

Metáfora com a subida em uma escada, as com velocidades diferentes e com desiguais sucesso
Metáfora com uma escada rolante onde cada um ocupa seu degrau. No degrau mais alto se encontram as sociedades mias desenvolvidas do ocidente                        p 60
A ideia de progresso com o iluminismo                60
A ideia de progresso impregnando o senso comum, sendo aceita pela filosofia. Sendo incorporada pela literatura, arte e a ciência                                 p.60
A ciência e a tecnologia sustentando a promessa de expansão e aperfeiçoamento ilimitados p.60 – 61.

Ferdinand Tônnies e as primeiras  duvidas sobre a natureza progressiva das mudanças [ da sociedades humanas] e as primeiras advertências contra os efeitos colaterais do desenvolvimento                            p.61
Conceito de progresso
De acordo com Robert Nisbet
Progresso deve ser definido como ‘a ideia de que a humanidade avança a partir de uma condição original de penúria cultural, ignorância e insegurança  em direção de níveis cada vez mais altos de civilização , e de que tal avanço há de continuar, com recuos apenas ocasionais, do presente para o futuro’                  p62

Relatividade do Conceito de Progresso
De acordo com  Sztompka [a noção de] Progresso é sempre relativa de acordo com os valores [itens medidores] considerados.  Não é um conceito puramente objetiv, decritivo, independente, é antes uma categoria de valor.
O mesmo processo pode ser concebido  como progressivo, ou não, dependendo dos valores preferenciais assumidos [variáveis e escolhidas para medir o progresso de um grupo social, nação etc.]
De acordo com o autor citado estes itens [variáveis] variam enormemente entre pessoas, grupos, classes , nações.  O que constitue Progresso para alguns podem não sê-lo para outros
Afirma que sempre devemos perguntar:  progresso para quem? E sob que aspecto?
Não existe Progresso absoluto. A especificação de valores tomados como medidas ou critérios de Progresso é sempre necessária.   (p.63)
Exemplo no caso do avanço da soja no Estado de Mato Grosso, alguns consideram como progresso utilizando como itens usados para medi-lo a quantidade (toneladas) de soja produzida, exportada, o valor total da soja produzida e/ou comercializada; o aumento da área plantada, da  população local, do numero de veículos, de casas etc
Outros podem questionar esta noção de progresso, demonstrando de grupos ou classes sociais ou numero de pessoas foram beneficiadas e grupos sociais  e números de pessoas foram prejudicadas. Dados da contaminação das aguas e do solo com agrotóxicos, de erosão e de área desmatada.

Mas Sztompka faz ponderações contra o relativismo total da noção de Progresso afirmando que existem algumas medidas de Progresso que todas as pessoas provavelmente concordariam:
                               Progresso da Medicina confirmado pelo aumento da media de vida das pessoas, erradicação de muitas doenças fatais
                               Progresso tecnológico desenvolvimento dos meios de transporte o que faz as viagens serem mais rápidas; melhoria dos meios de comunicação
                               Progresso da Ciência demonstrado pelo aumento do conhecimento sobre os mecanismos da natureza e da sociedade e pelos benefícios propiciados por estes aumento de conhecimentos

Afirma que por outro lado por outro lado existem áreas em que o critério de Progresso é altamente contestado. A industrialização, urbanização e modernização que foram foram tratadas como sinônimo de Progresso .  Só muito recentemente verificou-se que talvez  tenham ido longe demais (cidades superpopulosas, congestionamentos urbanos, superoferta de bens, consumo excessivo.
E também que muitas coisas boas podem ter efeitos colaterais claramente negativos (poluição, esgotamento de recursos, destruição ambiental, doenças civilizacionais).
Tornou-se claro que o Progresso de um setor pode ocorrer muitas vezes as custas do retrocesso de outros setores.  (p.64 – 65)

Elementos do conceito de progresso                    p63
Medidas que confirmam o progresso                                   p64

Áreas onde o conceito de progresso deve ser relativizado                         p65

A morte da ideia de progresso                                 p.70 - 74


Bibliografia

SZTOMPKA, Piotr. As vicissicitudes da ideia  de progresso. In:____ .  A Sociologia da mudança social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996. P. 57 – 81.

Anotações e resumos sobre Evolução Social e Evolucionismo Linear

EVOLUÇÃO, EVOLUCIONISMO

EVOLUÇÃO        Existência de vários sentidos, na antropologia, biologia, sociologia, economia etc.
No Dicionário Aurélio (1999, p.855).
1 – passagem sucessivas de coisas, pessoas, acontecimentos.
2 – Movimento ou deslocamento gradual e progressivo em determinada direção.
7 - progresso
9 - Antrop. Processo que, segundo certas teorias, determina o surgimento de novos elementos socioculturais (técnicas, formas de organização social, crenças, costumes, conhecimentos etc.), mais complexos e diferenciados, como resultado de adaptações e modificações continuas e progressivas de elementos anteriores, mais simples.

10 - Biol. Processo de formação  ou surgimento de novas espécies de seres vivos, por processos naturais, a partir de espécies preexistentes ( Opõe nesta acepção a criacionismo)

A Concepção Evolucionista tem hipóteses para
- a origem do universo (sol, estrelas, planetas) à partir do “Big Band”
- origem do Planeta Terra
- Origem da vida no planeta Terra
- origem dos seres humanos a partir de uma gradual transformação , no decorrer de mihares de anos, de hominideo a ser humanos (Homo sapiens).

Não é objetivo da Antropologia Cultural, que é a base do nosso curso, de discutir a teoria do surgimento e evolução do universo, da terra, e dos seres vivos na terá.
Textos e filmes podem ser vistos à partira da Internet.
Origem da Vida e dos Seres Humanos
WIKIPEDIA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_da_vida_e_forma%C3%A7%C3%A3o_da_Terra >. Acesso em: 24 maio 2012.
Origem da Vida
WIKIPEDIA. Disponivel em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Origem_da_vida >. Acesso em: 17 maio 2012.

Filmes
RELAÇÃO DE FILMES SOBRE A ORIGEM DO  UNIVERSO, DO SOL, DOS PLANETAS E DA TERRA
Podem ser acessados no You Tube
A Origem do Mundo – filme de 2 horas

A Origem do planeta  Terra – documentário completo

A Origem da Terra   (filme mais detalhado)
Parte 1

Parte 2

Parte 3

Parte 4

EVOLUCIONISMO           Dicionário Aurélio (1999, p.855 – 856).
2 - “Antrop. Perspectiva teórica segundo a qual os fenômenos sociais e culturais da vida humana estão sujeitos a leis gerais de transformação, análogas e complementares às da evolução biológica, e que determinam o surgimento de formas mais complexas a partir de formas mais simples e a crescente diferenciação entre as varias sociedades e culturas [...]”.
3- Antrop. Corrente ou escola antropológica do século XIX que pressupunha a existência de uma ordem imanente na história da humanidade, concebendo como uma serie de estágios sucessivos de desenvolvimento social, na qual os povos ditos primitivos [...] figuram como remanescentes de etapas mais atrasadas, e as sociedades europeias como o ápice da evolução humana [social, cultural, econômica etc.].

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Anotações baseadas no texto
BANDEIRA, Maria de Lourdes. Antropologia: Conceitos e abordagens. Cuiabá: Ed. UFMT, 1995, fascículo 2.

Abordagem Evolucionista
A Antropologia surgiu como ciência no século XIX em um momento de efervescência na Europa, que em parte influenciaram nas primeiras teorias desta ciência.

Contexto da época
A generalização do conceito de evolução das espécies que provocou:
                - a superação das explicações sobrenaturais dos eventos biológicos e dos eventos culturais;
                - um grande debate entre os defensores da concepção de que o universo, a natureza e os seres vivos foram criados por Deus [ou seres sobrenaturais em culturas não cristãs] e os defensores da ideia do evolucionismo;
                - uma reação contra o Evolucionismo que tinha uma dimensão filosófica religiosa e uma dimensão psicológica;

Dimensão filosófica- religiosa
- opera a dessacralização da origem transcendental do mundo e dos seres humanos, mexendo com as explicações religiosas sobre de onde vieram e para onde vão os seres humanos, o que abala a toda a construção religiosa do mundo e da existência, gerando uma insegurança para a sociedade da época;

Dimensão psicológica
A vaidade humana é ferida, pois o homem perde a sua posição de rei e de senhor da criação, para tornar-se simplesmente um entre as múltiplas possibilidades do resultado do processo evolutivo.
Exemplos de Evolucionismo Cultural
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Marconi e Presotto - Modelo de sequencia evolucionista de uma sociedade                    p.100
Baseado em épocas da Cultura:
Indústria dos seixos                                      pre -paleolítico
Indústria da Pedra Lascada                         Paleolítico Inferior
Indústria Lâmina esquívola                         Paleolítico Médio
Indústria Folha Foliácea                                               Paleolítico Médio
Idade do Osso                                                 Mesolítico
                               ------------------------
10.000 anos
Pedra Polida                                                     Neolítico
Idade dos Metais                                           Cobre
                                                                              Bronze
                                                                              Ferro
                                                                              Prata e Ouro
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Mello Quadro da evolução das sociedades humanas                     p.152
Idade da Pedra
                               - Paleolítico                        Pedra Lascada
                               - Mesolítico                      
                               Neolítico                             Pedra Polida
Idade dos Metais
                               - Bronze
                               - Ferro                                                                 (período Clássico: Roma, Grécia).
Poderíamos acrescentar
                               Período Feudal
                               Período Capitalista
                               Período Socialista
                               Período Comunista
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Morgan Evolução das sociedades humanas, tendo base à organização familiar.
Promiscuidade -> Matriarcado -> Patriarcado

Morgan, Evolução das sociedades humanas, tendo como base o progresso técnico da humanidade                     p.40
Estagio                                                Grau                                     Desenvolvimento
                Selvagem (Selvageria)                                                 
                                                                              - Baixo                  invenção da Linguagem
                                                                              - Médio               uso do machado [de pedra]
                                                                              - Alto                    invenção do arco e da flecha
                Bárbaro               (Barbárie)         
                                                                              Baixo                    invenção da cerâmica
                                                                              - Médio               uso de pastoreio, agricultura, irrigação.
                                                                              - Alto                    domesticação do ferro
                Civilização           (Civilizado)
                                                                               - Baixo                  invenção da escrita
                                                                               - Médio               invenção da pólvora e da bussola
                                                                                                              do papel e da imprensa
                                                                               - Alto                    invenção da maquina, da indústria.

Os evolucionistas utilizando seus sistemas de evolução, enquadrávamos povos primitivos ainda existentes (exemplo: povos indígenas sul-americanos, povos negros africanos) dentro de estágios anteriores da evolução das sociedades europeias.
Exemplo – povos indígenas no estágio de Selvageria
                 Alguns povos negros africanos no estágio de Barbárie
Contribuições do Evolucionismo                                             p.41
- tornou a cultura um objeto cientifico, ou seja, um fenômeno que pode ser observado, analisado, interpretado;
- a utilização da Metodologia Comparativa para analisar e explicar os fenômenos culturais, permitindo fazer generalizações e saltos indutivos para culturas presentes, passadas ou futuras;

Criticas ao Evolucionismo                                          p.43
- estava impregnado da ideologia eurocêntrica, pois considerava a Europa como o modelo do estágio superior de desenvolvimento de uma sociedade humana e ponto final a ser atingido por diferentes povos do mundo;
- ao definir com objeto de estudo os povos não europeus (sociedades fora da civilização) colocava-se a serviço do Colonialismo [que queria conhecer e dominar estes povos e “eleva-los” ao estágio civilizado”];
- forneceu justificativa teórica para o Colonialismo;
- utilização de dados fragmentados, coletados sem critérios, provenientes de fontes diversas [pesquisador não ia a campo, utilizava dados provenientes de religiosos, administradores colônias, viajantes etc. “estudo de gabinetes”] para fazer as classificações do estagio de desenvolvimento de povos não europeus;
- todas as culturas passariam por mesmas etapas [no passado seguidas pelas sociedades europeias]. O Chamado EVOLUCIONISMO LINEAR.
- o Evolucionismo Vulgar [vulgarização das concepções estereotipadas do evolucionismo] deu origem a uma infundada relação entre raça e desenvolvimento.
Europeus -> raça branca mais desenvolvida
Africanos-> raça negra menos desenvolvida
Raça Branca é mais desenvolvida e espelha biologicamente o grau mais alto de evolução [cultural]

[A concepção evolucionista vulgar [ou linear] nega a unidade psíquica dos seres humanos [mesma capacidade de evoluir culturalmente] defendida pelo Evolucionismo Cientifico]  p.42

                Bibliografia
BANDEIRA, Maria de Lourdes. Antropologia: Conceitos e abordagens. Cuiabá: Ed. UFMT, 1995, fascículo 2.
MARCONI, Marina de Andrade; PRESSOTO, Zélia Maria Neves. Antropologia: Uma Introdução. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1987.
MELLO, Luiz Gonzaga de. Antropologia Cultural: Iniciação, Teoria e Temas. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1986

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. E.ed. ver. Ampli. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Perguntas e Respostas sobre raça, racismo, preconceito e discriminação étnicoracial Disciplina Educação e Diversidades 7º semestre Pedagogia Unemat 2014 1


Raça; Grupo Étnico Racial (Etnicoracial); Preconceito; Estereótipo; Discriminação; Identidade.

 

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1 - Conceito de “Raça”

Conceito de Raça

Raça como conceito biológico se refere a um numero de pessoas que possuem características herdadas comuns [em comum]  (CHINOY)

 

O termo “raça” refere-se aos atributos dados [atributos transmitidos geneticamente] a um determinado grupo   (MUNANGA)

 

Raça [...] são agrupamentos naturais de homens, que apresentam um conjunto de caracteres físicos hereditários comuns, quaisquer que sejam suas línguas, costumes e nacionalidade (VALLOIS apud MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.83

 

            1.1 -  questionamentos da validade do conceito de “Raça”;

PERGUNTAS SEMELHANTES

            1.2 -  validade biológica do conceito de raça  (usos)

Atualmente o conceito biológico de raça é muito questionado

Para Chinoy

1 – Os traços biológicos empregados na identificação das raças variam amplamente, não só dentro dos grupos, como também entre eles

2 – Em cada traço empregado para a classificação racial as medias diferem, mas os extremos se sobrepõem

3 – Os traços utilizados para a classificação de uma raça nem sempre abrangem a maioria das pessoas incluídas como sendo da referida raça.  Exemplo – Em um estudo realizado na Suécia apenas 11% estavam de acordo com o tipo nórdico “puro”, alto, de olhos azuis, loiros, de cabeça alongada, embora os suecos sejam considerados uma das mais nórdicas entre as populações européias.

4 – A história humana está cheia de misturas raciais e as atuais categorias raciais incluem muitos indivíduos não racialmente “puros”              101

 

 

Outros questionamentos mais atuais a raça como conceito biológico

Analises genéticas mostraram a existência de pessoas com determinadas características físicas (raças) mas, com carga genética de pessoas de outras raças. Exemplo –  existência de alguns negros brasileiros com a maior parte de genes europeus. E de brancos brasileiros com a maior parte  dos genes provenientes de povos africanos.

[vide textos

Texto   QUAL “RETRATO DO BRASIL”? RAÇA, BIOLOGIA, IDENTIDADES E POLÍTICA NA ERA DA GENÔMICA.

De acordo com esse texto

Segundo Alves-Silva et alii, “a amostra total evidenciou 33% de contribuição ameríndia e 28% de contribuição africana no conjunto total do DNA mitocondrial” (2000:454), ou seja, “uma surpreendentemente elevada contribuição matrilinear de origem ameríndia e africana” nos homens brancos brasileiros estudados (2000:458).  P. 75

 

Texto DNA de negros e pardos do Brasil é muito europeu

No Brasil, faz cada vez menos sentido considerar que brancos têm origem europeia e negros são "africanos". Segundo um novo estudo, mesmo quem se diz "preto" ou "pardo" nos censos nacionais traz forte contribuição da Europa em seu DNA.

De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.

Segundo os pesquisadores, a combinação entre imigração europeia desde o século 16 e casamento de homens brancos com mulheres índias e negras gerou uma população na qual a aparência física tem pouco a ver com os ancestrais da pessoa.

Isso porque os genes da cor da pele e dos cabelos, por exemplo, são muito poucos, parte desprezível da herança genética, embora seu efeito seja muito visível.

 

Entretanto apesar de que a raça não existir biologicamente, ela continua valendo para analise de relações sociais.

Para Chinoy a cor da pele ou traços culturais distintos situam frequentemente os homens em sua sociedade e constituem elementos para diferenças no tratamento, ou discriminações  (301)

Os traços raciais, (isto é atributos físicos herdados, comuns a um grupo de pessoas) entram na vida social na medida em que os seres humanos desenvolvem sentimentos e os julgam, ou constroem teorias acerca da cultura e da sociedade em que desempenham papel.                        304

A aparência física, portanto, torna-se elemento cuja significação sociológica [antropológica] depende dos sentimentos e valores que lhe são atribuídos

 

A analise sociológica [antropológica] de ideias raciais difere da analise biológica das características raciais.

 

Os sociólogos [antropólogos] interessam-se pelas opiniões e atitudes das pessoas em relação à raça e a grupos raciais [e étnicos] específicos e pela maneira por que elas influem no comportamento e na estrutura social.

 

            1.3 - validade social do conceito de raça (usos)

USO DA DIVISÃO DOS SERES HUMANOS EM RAÇAS PARA EXPLICAR AS VARIAÇÕES SOCIAIS E CULTURAIS DOS  SERES HUMANOS [AGRUPAMENTOS HUMANOS]

A interpretação racial da variação social e cultural assevera que as características biológicas explicam o nível e a natureza de uma cultura particular, a forma de governo ou a frequência de vários padrões de comportamento.  (CHINOY, p.100)

De acordo com tais teorias, a civilização europeia era superior à do resto do mundo por causada superioridade inata do homem branco       

Para  Eli Chinoy  a tentativa de ligar as diferenças biológicas à variações sociais e culturais ocorreu no século XIX, através das obras do conde Arthur de Gobineau, aristocrata francês e seu adepto Houston Stewart Chamberlain.   (p. 100).

Entretanto mesmo na antiguidade era utilizada a explicação racial para explicar as diferenças [desigualdades] entre seres humanos.

A ideia de que as diferenças culturais e sociais derivam de diferenças biológicas ou são por elas determinadas possui uma longa história. 

Aristóteles via as diferenças entre governantes e governados [povos dominadores e povos dominados], entre gregos, asiáticos e europeus do norte, como inerentes e naturais  (CHINOY,  p. 99 – 100)

“Pois alguns homens são por natureza formados para viverem sob o governo de um amo; outros, de um rei; outros para serem cidadãos de um Estado livre, justo e útil”(CHINOY, p.99)

 

CRITICA AO USO DE RAÇA PARA EXPLICAR AS DIFERENÇAS SOCIAIS E CULTURAIS ENTRE SERES HUMANOS

Parte de dois pontos:

            - questionando a validade do conceito biológico de raça

Respondida anteriormente

 

            - questionando do Determinismo Racial

Conceito de Determinismo Racial

Teoria que atribui capacidades especificas inatas a “raças” ou a outros grupos humanos.

 

Teoria que afirma que a “raça” [gens de um agrupamento de seres humanos] determina [define] a cultura  [forma de viver], o desenvolvimento socioeconômico e cientifico de um povo ou nação.

 

Exemplos                    17

            Nórdicos mais inteligentes do que os negros

            Judeus avarentos e negociantes

            Alemães mais habilidades para a mecânica

            Japoneses trabalhadores, traiçoeiros e cruéis

Brasileiros – herdaram a preguiça dos negros, a imprevidência dos índios e a luxúria dos portugueses.

 

Analise e critica

Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.

 

 Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o inicio em situação conveniente de aprendizado.         17

 

Especialistas reunidos em Paris em 1950 sob os auspícios da UNESCO declararam que:

1 - Os dados científicos não confirmam a teoria segundo a qual as diferenças genéticas hereditárias constituiriam um fator de importância primordial entre as causas das diferenças culturais e as obras de diversos povos ou grupos étnicos.

 

2 – Estas diferenças [acima mencionadas] se explicam antes de tudo pela história cultural de cada grupo.

 

3 – os fatores que tiveram papel preponderante na evolução dos seres humanos são a sua faculdade de aprender e a sua plasticidade.  Esta dupla aptidão é o apanágio de todos os seres humanos.         18

 

No estagio atual de nossos conhecimentos, não foi ainda provada a validade da tese segundo a qual os grupos humanos diferem dos outros pelos traços psicologicamente inatos, quer se trate de inteligência ou temperamento.

A pesquisa cientifica revelam que o nível das aptidões mentais é quase o mesmo em todos os seres humanos            18 – 19

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um conceito Antropológico. 9. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.p. 10 – 24.

 

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Provas contra o determinismo racial

Os dados antropológicos, sociológicos e históricos proporcionam um testemunho esmagador de que se encontram culturas semelhantes entre pessoas com características físicas muito diferentes entre pessoas com características físicas muito diferentes, e que a cultura e a organização social podem mudar rapidamente, sem qualquer mudança correspondente de identidade racial.   102

 

Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.

 

 Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o inicio em situação conveniente de aprendizado.         17

 

Diversos países tiveram grandes mudanças culturais [avanços ou retrocessos] sem que houvesse mudança racial de sua população

Exemplos

Portugal, Espanha -> deixaram de ser potencias militares e econômicas

China, Japão -> no inicio do século XX eram considerados atrasados e tornaram potencias econômicas e , no caso da China, potencia militar.

 

CONCLUSÃO

Qualquer que seja a conclusão a que os médicos e biólogos cheguem, as raças vão continuar existindo para quem estuda as ciências humanas.

Os brasileiros acreditam em raças e agem de acordo com elas. Então elas existem, afirma o sociólogo Antônio Sérgio Alfredo Guimarães, da USP.

Elas são uma categoria de exclusão e dominação que traz problemas na realidade. Mesmo que não existam biologicamente, elas criam vítimas, diz o antropólogo Kabengele Munanga, também da USP. Ou seja, ao menos na cabeça das pessoas, as raças são bem reais.

 

 

            -1.4  “Raças Humanas” exemplos de classificações (com “raças” principais)

Um fato amplamente aceito é que todos os seres humanos pertencem ao mesmo gênero ,Homo, e a mesma espécie , sapiens.

 

Existem varias tentativas de classificarem os seres humanos em raças.   (MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.81)

Linneu, naturalista sueco, em 1758, classificou os seres humanos em quatro grupos.

            - o homem europeu

            - o homem americano

            - o homem asiático

            - o homem africano

Esta classificação levou em conta aspectos físicos e sociais

 

Em algumas classificações os seres humanos são divididos em stocks ou subespécies. (MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.83)

 

Os antropólogos aceitam [existem questionamentos] a classificação das raças principais em:      (MARCONI;PRESOTTO, 1989, p.83)

                        - caucasóide (branca)

                        - mongolóide (asiática)

                        - negróide ( africana)

 

As divergências surgem quando se referem às raças secundárias ou sub-raças.

 

Classificação  racial contendo “raças” principais e secundárias.

Existem diversas outras classificações das “raças humanas”         (Raças Humanas In Wikipédia. Acesso em nov. 2011)

A titulo de exemplo: apresentamos a de N. Tcheboquessarov , que é mais detalhada do que a elaborada por Lineu e envolve aspectos físicos e geográficos para classificar os seres humanos

Os grupos humanos possuem uma classificação proposta por N. Tcheboquessarov como:

          afro-aceânica ou negróide;

                        negróide ou africano.

                        raça austrolóide, também chamada oceânica

         

euro-asiática ou europóide;

                         meridional ou indo-mediterrânea

                         setentrional ou atlanto-báltica.

 

Os que representam a raça meridional ou indo-mediterrâneo são: indus, tadjiques, armênios, gregos, árabes, italianos e espanhóis,

A raça setentrional ou atlanto-báltico são representadas pelos russos, bielo-russos, poloneses, noruegueses, alemães, ingleses e povos que vivem mais para o norte

 

asiático-americana ou mongolóde.

                                  setentrional ou asiático-continental = também chamados de centro-asiáticos, são conhecidos os buriatos e os mongóis. São típicos por terem a cor da pele, cabelos e dos olhos mais clara, os cabelos menos duros, lábios delgados e rosto grande e chato.

          meridional ou asiático-pacífico = são seus representantes os malaios, javaneses e habitantes das Ilhas de Sonda. Suas características são: pele bronzeada, rosto estreito e baixo, lábios grossos, nariz largo, cabelo às vezes, ondulado, estatura inferior à dos setentrionais e menor do que a dos chineses.

          americano (índios) = suas características são: cabelo reto e rígido e de cor negra ; sistema piloso corporal pouco desenvolvido, pele com coloração amarelo-parda, olhos castanho-escuro e rosto largo.

 

            1.5 - Classificação de “raças” utilizadas na sociedade brasileira

Raça

            - negra

            - branca

            - amarela

                        - indígenas

                        - asiáticos

 

Padrão de classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divide a população do País em cinco grupos: pretos, pardos, brancos, amarelos e indígenas   (baseado na cor pretos, pardos, brancos e amarelos e ; na origem indígenas

 

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            1.6- Conceito de Grupo Étnico (étnico/racial, Étnicoracial)

 

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Levi-Strauss afirma que se os grupos humanos se distinguem, e para tanto que precisem ser distinguidos, é unicamente em termos culturais. De fato, é unicamente pela cultura que os grupos humanos ou sociedades se dividem e se diferenciam; e não segundo a natureza que seria a biologia.

 

Os etnólogos estimam que, postas de lado as supostas diferenças genéticas e fenotípicas, as populações humanas são principalmente diferenciadas pelos seus usos e costumes, que são transmitidos de geração em geração. A espécie humana se caracteriza então por uma forte dimensão cultural.

 É por isso que o conceito de etnia é hoje em dia preferido ao conceito de raça em etnologia [Antropologia e outras ciências humanas]. As diferenças culturais permitem definir um grande número de etnias.

 

FONTE

Wikipedia. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Ra%C3%A7as_humanas >.Acesso em: 12 maio 2011.

 

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Anotações Livro Teorias da Etnicidade, Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart

ETNIA

Etnia, numa concepção próxima à noção de tribo foi utilizada para se referir às “sociedades primitivas” .

Referia-se a um grupo com mesma língua, um espaço, costumes, um nome, uma mesma descendência e a consciência de pertencer a um mesmo grupo.  p.56

 

Dicionário de Relações Étnicas e Raciais Ellis Cashmore

“[...] descreve um grupo possuidor de algum grau de coerência e solidariedade, composto por pessoas conscientes, ao menos em forma latente, de terem origens e interesses comuns” (CASHMORE, 2000,p.196)

 

De acordo com Weber Grupos étnicos são grupos que alimentam uma crença subjetiva em uma comunidade de origem fundada nas semelhanças de aparência externa ou dos costumes, ou dos dois, ou nas lembranças da colonização ou da migração, nutrem uma crença subjetiva na procedência comum de tal modo que ela se torna importante para propagação  de relações comunitárias  pouco importando que uma comunidade de sangue exista ou não objetivamente (2000,p.270).

 

Raça X Grupo étnico (etnia)

Existe uma relação entre um grupo considerado “raça” distinta pela população dominante e o grupo que se considera um povo unificado, que compartilha uma experiência comum.

 

O termo “raça” refere-se aos atributos dados [atributos transmitidos geneticamente] a um determinado grupo

 

O termo “grupo étnico” refere-se à uma resposta criativa de um povo que, de alguma maneira, se sente marginalizado pela sociedade

 

Conceito simplificado de Grupo Étnico

Conjunto de pessoas que se consideram formando um grupo pelo fato de ter uma mesma origem (real ou presumida). Além disto os membros do grupo  podem ter as mesmas características físicas, cultura ou elementos culturais, e interesses em comum.

 

Para um agrupamento humano ou um povo se colocar como um grupo étnico é necessário:

                        - sentimento de pertencimento ao grupo étnico [pertença]

                        -ter uma origem em comum [local de nascimento, local de onde vieram]

            - itens opcionais, mas que pode reforçar a unidade do grupo

                        - mesmas características físicas

                        - mesma cultura (religião, língua, formas de se vestir etc.)

 

            1.7- o que caracteriza um grupo étnicoracial?

O que caracteriza um grupo étnico é o sentimento de seus membros de pertencerem a um mesmo grupo, ou seja, assumirem uma identidade étnica. (sentimento de pertença).  

 

Autodefinição

Consiste na aceitação da pessoa de que faz parte de um grupo social (no nosso caso um grupo étnico)

 

Utilizarem algum traço cultural para afirmar a sua diferença perante os que não são do grupo.  (sinais diacríticos)

 

2 - Conceito amplo de

                        - Racismo

Racializar – é buscar a explicação de um tipo de comportamento, nível econômico e cultural de determinados grupos humanos utilizando explicações baseadas na “raça”

Exemplo

            Europeu (branco) trabalhador, inteligente

Negros – pouco voltado para a ciência, filosofia etc. Mais adequado para trabalhos com o uso da força.  “Bom de cama”

            Judeu -  avarento, voltado para o comercio

 

RACISMO – Dicionário Aurélio                     p. 1.696

- Qualquer teoria ou doutrina que considere que as características  culturais humanas são determinadas hereditariamente, presupondo a existência de algum tipo de correlação  entre as características ditas “raciais” (isto é , físicas e morfológicas) e aquelas culturais (inclusive atributos mentais, morais etc.)  dos indivíduos, grupos sociais, populações.

- Qualquer doutrina que sustenta a superioridade biológica, cultural, e/ou moral  de determinada população, povo ou grupo social considerado como raça.

- Atitude preconceituosa ou discriminatória em relação a indivíduo(os)  considerado(os) de outra raça.

 

Dados do livro “Superando o racismo na escola” de Kabengele Munanga

 

Racismo

“[...] a teoria ou idéia que existe uma relação de causa e efeito entre as características físicas herdadas por uma pessoa e certos traços de sua personalidade, inteligência ou cultura. E, somados a isso, a noção de que certas raças são naturalmente inferiores ou superiores a outras” (BEATO apud SANT’ANA, In: MUNANGA,  2001, p.53)

 

“Racismo é a suposição de que há raças e, em seguida, a caracterização bio-genética de fenômenos puramente sociais e culturais. É também uma modalidade de dominação ou, antes, uma maneira de justificar a dominação de um grupo sobre outro, inspiradas nas diferenças fenotípicas de nossa espécie” (SANTOS apud SANT’ANA, In: MUNANGA,  2001, p.53)

 

                        - Preconceito

PRECONCEITO – Dicionário Aurélio             p. 1.625

- Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos

- Ideia preconcebida

- Julgamento ou opinião formada  sem levar em conta  o fato de que os conteste

- suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões etc. [orientação sexual, diversidade cultural]

 

Ele pode ser definido, também, como uma indisposição, um julgamento prévio, negativo, que se faz de pessoas estigmatizadas por estereótipos” (SANT’ANA, In: MUNANGA,  2001, p.54)

Preconceito é uma opinião preestabelecida, que é imposta pelo meio, época e educação.  Ele regula as relações de uma pessoa com a sociedade.  Ao regular ele permeia toda a sociedade, tornando-a uma espécie de regulador de todas as relações humanas. 

 

Preconceitos clássicos

“Toda a sogra é chata”

“Todos os homens são fortes”

“Toda a mulher é frágil”

“Todos os políticos são corruptos”

“Toda a criança negra vai mal na escola”

“O negro é burro”

“Mulher bonita é burra”

 

Com base em estereótipos, as pessoas julgam as outras.  Por isso o preconceito é um fenômeno psicológico

            [Colocar a posição de Munanga sobre a relativização da ligação entre ignorância         (desconhecimento) e o preconceito]

 

                        - Discriminação

Discriminar – no Dicionário

Diferenciar, discernir,

Estabelecer diferença, distinguir

 

- Discriminação – é ação, e pratica de negar direitos.

 

Discriminação de modo mais amplo significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferências baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica, gênero, religião, cultura, orientação sexual, que tenha como objeto ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, o gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, social ou cultural, ou em qualquer domínio da vida publica.

 

É a negação aos membros de certos grupos [baseado em alguma diferença] um acesso igualitário aos recursos escassos e valiosos [habitação, educação, justiça, participação política, (participação e acesso aos meios de comunicação de massa, segurança publica e outros serviços fornecidos pelo Governo).

 

                        [Relacionar o papel das Politicas Públicas para acabar ou diminuir com as discriminações e consequentemente acabar ou diminuir as desigualdades sociais baseada em alguma diferença]

[Caso possa discutir diferença X diversidade]

 

                        - Identidade Social

É a imagem e/ou conjunto de atributos que uma pessoa ou conjunto de pessoas é vista em uma sociedade e/ou têm de si própria.

 

Identidade Social é definida como “[...] um conjunto de traços: étnicos, lingüísticos, geográficos, históricos, socio-culturais, intelectuais, míticos e religiosos, que podem ser utilizados por um grupo social para identificar-se ou ser por outros identificados.).  

 

É vista como o sentido de  imagem de si, por si e para os outros, isto é, a imagem que a pessoa [ou grupo social] constrói e apresenta aos outros e a si própria [.] por acreditar na sua representação, mas também para ser percebida [o] pelos outros. (POLLAK, 1992, p.24 ).

 

                        - Minoria

No Dicionario Aurelio                p.1.341

- Inferioridade numérica

- Em Antropologia – subgrupo, que dentro de uma sociedade,  considera-se ou é considerado diferente do grupo maior ou dominante, em razão de caracteristicas étnicas,  religiosas ou de língua, costumes , nacionalidade, etc., e que em razão dessas diferenças não participa integralmente, em igualdade da vida social.

 

                        - Maioria

No Dicionário Aurélio p. 1.256

- maior numero, maior parte

- superioridade numérica

 

                        - Desigualdades [SOCIAIS]

Desigual –   Dicionário Aurélio  p.654

- não igual, diferente, diverso

-em que não há equilíbrio de forças, desproporcional

- parcial, injusto

 

Desigualdade Social  [...] é todo aquele processo e situação de diferenciação social e/ou econômica. Em termos sociológicos, diz-se que a desigualdade é social na medida em que essa diferenciação é produto da interação entre sujeitos sociais; nesse sentido, tanto o acesso diferenciado às oportunidades como à riqueza econômica se realiza dentro de um sistema de relações de sentido e poder que geram distinção, estigma, vulnerabilidade, exclusão, tanto no nível individual como no nível coletivo, inclusive, tal diferenciação pode dar-se entre regiões.

Jorge Arzate Salgado. Dicionario Verbetes. Disponivel em:< http://www.gestrado.org/?pg=dicionario-verbetes&id=127>. Acesso em: 23 abr. 2014

 

O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica – a mais conhecida – é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda.

Brasil Escola. Disponivel em: <http://www.brasilescola.com/sociologia/classes-sociais.htm >. Acesso em: 23 abr. 2014

 

Desigualdade Social  é o não acesso de um grupo social ao reconhecimento, o gozo ou exercício, em condições de igualdade com os outros grupos sociais, aos direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, social, econômico ou cultural, ou em qualquer domínio da vida publica

 

3 – Conceito de

            - preconceito racial

 

            - Discriminação Racial

            Respondida anteriormente

Discriminação Racial

 Discriminação racial “[...] significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferências baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica, que tenha como objeto ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, o gozo ou exercício, em condições de igualdade, dos direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, social ou cultural, ou em qualquer domínio da vida publica” (ONU apud SANT’ANA, In: MUNANGA, 2001, p.56)

 

Para Ellis Cashmore (  p. 171 – 172)

A Discriminação Racial  é a expressão ativa ou comportamental do racismo e visa negar aos membros de certos grupos um acesso igualitário aos recursos escassos e valiosos [habitação, educação, justiça, participação política, (participação e acesso aos meios de comunicação de massa, segurança publica e outros serviços fornecidos pelo Governo).

 

            - Identidade étnicoracial  [Identidade Étnica]

Identidade Étnica é a imagem ou conjunto de atributos [caracteristicas) através do qual uma pessoa, um grupo social ou povo é visto em uma sociedade ou se vê. 

De modo geral é a forma que se diferencia em relações à outras pessoas, grupos sociais ou povos.(constratividade).

 

            - minoria e maioria racial

 

 

 

            - desigualdades etnicoraciais.

É a desigualdade social onde pessoas ou grupos sociais tem acesso menor aos serviços públicos, renda, educação, saúde e condições de vida e trabalho por pertencerem a grupo étnicos/raciais considerados inferiores em uma sociedade.

4 – Breve histórico do racismo no passado e do racismo moderno

 

5 – Uso da religião para a defesa do racismo [e da escravidão negra]

 

6 – Uso da Geografia e do Clima para justificar as desigualdade entre seres humanos [Determinismo geográfico, Determinismo climático]

Determinismo ambiental – Antrop hipótese ou teoria segundo a qual as condições ambientais são os fatores determinantes das variações nas formas de organização social e nas configurações culturais  (671)

 

7 – Uso do conceito de raça para justificar (explicar) as desigualdades entre seres humanos [Determinismo Racial}

 

Sugestão de Bibliografia

SANT’ANA, Antônio Olimpio . História e Conceitos Básicos sobre Racismo e seus Derivados. In: MUNANGA, Kabengele (Org.). Superando o Racismo na Escola. Brasilia: Ministério da Educação, 2001. p. 31 – 60.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. 9. ed. Rio de Janeiro, 1993.  (capitulo sobre Determinismos)

CHINOY, Ely.  Sociedade: Uma Introdução á Sociologia. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1973. p.96 – 110.

MARCONI, Marina de Andrade; PRESSOTO, Zélia Maria Neves.Origens da Humanidade. In:------.  Antropologia: Uma Introdução. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. p.69 – 75.