CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE
CÁCERES - JANE VANINI
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE
PEDAGOGIA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
DOCENTE: ANTÔNIO
EUSTÁQUIO DE MOURA
ROSILENE LOPES
SENIRA INÁCIO DA SILVA
FABIANA DE OLIVEIRA
CANDIA
FERNANDA BENEDITA GARCIA
DE MORAES
KELLY ALESSANDRA GARCIA BÁRBARA
POVOS INDÍGENAS:
Contribuições para a Cultura Brasileira.
CÁCERES - MT
2012/02
As
influências culturais indígenas decorreram
do contato com tribo de varias famílias ou grupos portadores de cultura
entre si mais diferentes que semelhantes, onde os colonizadores e depois os
colonos tiveram os primeiros contatos com essas tribos. É certo que, entre as
tribos do grupo Tupi, as semelhanças de língua e de outros valores culturais
permitem encontrar-se um certo grau de aproximação, embora não de unidade, mais
particularmente foi com esses grupos que se tornaram mais intimas as relações
luso-indígenas.
De
modo que os traços ou complexos culturais de origem indígena que penetraram na
formação da cultura luso-brasileira, interpenetrando-se com os trazidos pelos
colonizadores, são quase sempre de tribos Tupis, isto não exclui evidentemente,
a presença de elementos ou traços culturais de outros grupos indígenas,
igualmente participando do processo trasnculturativo desde a colonização.
Podemos
citar como principais grupos indígenas que tiveram influências significativas
para o legado Brasileiro foram; Tupi, Jê, Aruaques, Caribes/ Caribas ou
Caraíbas.
Muitas
foram às contribuições que os povos indígenas deixaram como herança cultural
para a cultura Brasileira, como muitos dos conhecimentos e instrumentos de pescas,
várias plantas alimentares e medicinais, muitas palavras da linguagem corrente,
muitos costumes locais, alguns fenômenos de mítica popular, varias danças
plebeias e certo influxo na poesia anônima, especialmente no ciclo de romances
de vaqueiros, muito corrente na região sertaneja do Norte, na famosa zona das
secas, entre o Paraguaçu e o Parnaíba, a velha pátria dos Cariris.
Dessa
generalização seria possível partirmos para o registro de uma enorme serie de
traços e complexos de cultura deixados pelos indígenas: tipos de construção,
gêneros de alimentação, processo de caça e pesca, de agricultura, de tecelagem,
de fabrico de cesta, instrumentos de música, mitos, lendas, práticas religiosas
e mágicas, receitas, atividades recreativas, música, palavras de linguagem
corrente.
Assim
o mundéu o alçapão; ou também a arapuca,
na caça de passarinhos, esta, e de quadrúpedes, aquele, o bodoque, a rede ou
redinha, o puçá, a pesca a linha e o anzol, este primitivamente feito de osso,
de pau ou de espinha de peixe, o arpão, o arco e a flecha, o uso de envenenar
os peixes com certas folhas, frutos ou raízes são de origens indígenas.
De
origem indígena também o complexo da mandioca, introduzido na alimentação do
colonizador, a utilização do milho no preparo de vários quitutes, a moqueca, o
moquém. O fabrico de cesta, utilizando-se a palha de bananeira ou de palmeiras,
de figuras ou utensílios de barros, de canoas, de instrumentos de músicas são ainda
traços culturais dos indígenas.
Vale ressaltar e demonstrar algumas dessas
práticas presentes em nossa sociedade:
t Segundo
o folclore brasileiro, existia a lenda do curupira (ser habitante das florestas
brasileiras), cuja principal atribuição seria proteger animais e plantas.
Sempre recorrente nas lendas, o curupira tinha os pés com calcanhares para
frente para confundir os caçadores. Conforme o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o curupira não existiu, mas os indígenas
tinham o hábito de andar para trás, para confundir os europeus e bandeirantes.
t A
vontade de andar descalço foi outro hábito que herdamos dos indígenas.
Geralmente, quando chegamos em casa após um dia inteiro de trabalho ou estudo,
a primeira coisa que fazemos é retirar o calçado e ficar certo tempo descalços.
Muitas pessoas têm o hábito de sempre andar descalças quando estão em suas
casas.
t O
costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas. Quase sempre
os índios dormem em redes de palha que se encontram dentro de suas ocas (suas
habitações nas aldeias).
t A
culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como
a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju,
polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de
madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de
jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o
cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti).
Citamos aqui alguns pratos feitos com a
utilização da mandioca e de seus derivados:
t
Da culinária indígena à base de mandioca foram
adotadas a farinha fina, de carimã, o mingau e o beiju, também
chamado de tapioca. O beiju simples é um bolo de massa fresca,
úmida, passado pela urupema (peneira de fibras vegetais) para formar grumos,
que devido ao calor ficam ligados; o beiju-ticanga, feito de massa de
mandioca mole e seca ao sol; o beijuaço, redondo, feito como o
beiju-ticanga, mas seco no forno; o beijucica feito de massa de macaxeira, em grumos
bem finos; o beiju de tapioca, de tapioca umidecida, saindo da urupema em pequeninos grumos e
quando pronto é enrolado; o caribé, que é o beijuaço posto de
molho e reduzido a massa que, quando água é acrescentada, forma um tipo de mingau; o curadá,
um beiju grande, feito de tapioca umidecida, em grumos maiores,
levando castanha crua, depois sendo enrolado
t Além da
influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas
práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao
pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira,
entre outros, para curar alguma enfermidade.
t A
influência cultural indígena na sociedade brasileira não para por aí: a língua
portuguesa brasileira também teve influência das línguas indígenas. Várias
palavras de origem indígena se encontram em nosso vocabulário cotidiano, como
palavras ligadas à flora e à fauna (como abacaxi, caju, mandioca, tatu) e
palavras que são utilizadas como nomes próprios (como o parque do Ibirapuera,
em São Paulo, que significa, “lugar que já foi mato”, em que “ibira” quer dizer
árvore e “puera” tem o sentido de algo que já foi. O rio Tietê em São Paulo
também é um nome indígena que significa “rio verdadeiro”).
Os
povos indígenas os primeiros habitantes do Brasil, deixaram para a sociedade
brasileira uma diversidade cultural que foi importante para a formação da
população brasileira.
obrigado!!!!!!!!!
ResponderExcluirobrigada
ResponderExcluirGrace
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